terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Papai é meu herói

Papai nunca me deixa só.
Sempre perto, sem dar nó.
Abraça-me e me aperta;
Sempre ensina a coisa certa

Papai me deixa sempre contente,
Seja com um carinho ou um presente.
Está sempre pronto a me defender.
Outro papai não quero ter.

Papai sempre vou obedecer,
Pois como ele quero ser.
Meu herói nunca vai me abandonar.
Papai, para sempre vou te amar.

Samuel Pereira

domingo, 6 de dezembro de 2015

Judy

Estou cansada de hipocrisia!
De gente que finge ser do bem
faz coisa errada em demasia
Mas só mostra o que convém.

Que acabe o padrão social!
Odeio gente rotulando.
Devido a essa droga irracional
Gente vive se matando.

Eu não agrado a sociedade
Eu vivo conforme a minha música
Eu tenho a minha identidade
E eu sei que ela é única

Minha opinião não é sirene
Ouvir não é um dever seu.
Meu nome é Judy Querosene.
Prazer, eu sou mais eu!

Samuel Pereira

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Meu ciclo da vida

Que saudade da infância
Quando tudo era inocência
Só pensava em brincar
Até achegar a adolescência

Nesta fase tão difícil
Muita coisa em mim mudou
Toda luta interior se foi
Quando a maioridade, enfim, chegou

Tanto tempo me enganei
Tantos anos perdi
Achando que era ruim
Estas fases que vivi

Só, então, quando adulto,
A verdade eu encontrei:
A fase mais difícil
Foi quando adulto me tornei

Adulto, tive responsabilidades,
Alguns amigos eu perdi,
Enfrentei verdadeiras decepções,
A tristeza eu conheci.

Enfim, não vejo a hora
De à velhice chegar
Sentar-me na cadeira de balanço,
O passado relembrar
Esquecer meu próprio nome
Até a hora do meu descansar.

Samuel Pereira

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Reencontro

Quando, enfim, se apaixonou
Todo dia pôs-se a cantar
O amor a enfeitiçou
Não parava de dançar

Todavia, muito não durou
O destino quis logo maltratar
Seu homem para o mar mandou
Seu homem matou no mar

A menina não se conformou:
-A dor nunca irá passar.
Para o mar, então, olhou

E nem houve tempo de pensar.
No mar ela se lançou
Para seu amado reencontrar.

Samuel Pereira

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Busque a natureza

Quem não sabe amar a natureza
Não sabe amar a si próprio
Quem não sabe admirar a real beleza
Jamais saberá admirar o próximo

O beijo, amigos, mais gostoso
É a brisa que toca nossos rostos
O carinho, amigos, mais suave
São as flores caídas nas quais deitamos

E, se sob seus pés reina o concreto,
Busque o verde que faltava em sua veia
Só assim saberá amar de verdade

Se o cinza reina sobre sua cabeça,
Busque o azul que falta em seus olhos
Assim viverá em paz em dia
Pois, soube viver com alegria.

Samuel Pereira

Um sorriso baixinho

Alguém que me faz sorrir baixinho,
Que me deixa feliz com seu carinho
E queira viver comigo em algum cantinho

Está tão fácil te encontrar
Mas eu não vou desistir
Sei que um dia poderei amar
Alguém que não queria me partir

De tristezas estou cansado
A felicidade quero viver
Sei que nesse mundo condenado
Há alguém para me dizer:

Com você quero viver em algum cantinho,
Deixar-te feliz com meu carinho
E juntos sorrirmos baixinho.

Samuel Pereira

Dona!

Tanto tempo se passou
Desde que você eu encontrei
À primeira vista me apaixonei
E você, ainda mais, me conquistou

Já passamos mais de um ano
Um ano cheio de alegria
Um casal com harmonia
Com amor não leviano

Muitos anos ainda virão
E sempre contigo estarei
Por você eu lutarei,
Dona do meu pobre coração

Samuel Pereira

Pássaro em Liberdade

Entre essas paredes sólidas e frias
Meu maior desejo é ter asas
Tanta saudade tira-me as alegrias
Que sentem vocês em suas casas

Salva-me desse sofrimento, dessa agonia
Sinto-me morrendo aos poucos
Esvaziando-me a cada dia
Perdido em pensamentos loucos

Porém, sei que um dia voarei
Como um pássaro quando sai do ninho
Enfim, você eu encontrarei
E dar-te-ei todo meu carinho

Samuel Pereira

Incógnita do nosso amor

Quando nosso passado cair no olvido
O silêncio ainda incomodará o ouvido
As memórias restarão no coração
A dor e a saudade também ficarão

Nenhuma palavra, então, será capaz
De trazer de volta o amor fugaz
Não me resta mais alento
O amor foi-se com o vento

A incógnita de nós dois ficou.
O que o destino nos reservou?
Daqui para frente uma nova vida.
Restar-me-á outra saída?

Samuel Pereira

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Saudade de você

Meu amor, minha vida,
Tão triste é minha partida.
Já que viver sem você é tão difícil
Chego a pensar ser impossível

Sem você eu enlouqueço
Sinto calafrios e me estremeço
Ao lembrar de ti falta-me ar
Quando poderei a ti me entregar?

Minha vida, meu amor,
Quando passará essa dor
De viver sem ti?

Até quando vou conseguir
Ficar sem teu calor,
Sem vislumbrar seu esplendor?

Samuel Pereira

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O amor das almas gêmeas

Há tempos quero escrever-te de amor, há tempos quero dar o meu melhor pra ti. Porém as circunstancias impedem tal aproximação... Por que, ó vida, tiveste que me reservar tamanho sofrimento?
Mas, como a vida é bela, sempre separa-nos bons momentos e reencontros, e são desses reencontros bons de que venho falar para ti hoje.
Como é possível passar os anos, ocorrerem coisas e jamais perdermos a sintonia de antes? Como pode ser tudo tão igual? Talvez aquela ideia toda de alma gêmea seja real, talvez realmente existam almas gêmeas dolorosamente destinadas a viverem separadas, porém ao mesmo tempo sempre juntas – refiro-me aqui àquele bilhete que ora te escrevi.
Gostaria de te dar mil palavras e mil amores, mas o amor, esse é estranho, e não foi a ti que meu destino reservou esse amor; amo-te da forma louca e escondida, mas declaro amor a outra pessoa como tu declaras. Seria tão mais simples amar quem nos ama, mas quem disse que em matéria de amor tudo é simples?
Mas sobre amor, falamos outra hora.
Por agora, basta tu saberes que sinto saudade de tuas palavras e de escrever pra ti.


Ana Meli

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Amor além da carne

Por que é tão difícil?
Estamos juntos em pensamento
Mas vivendo separados na carne
Com recordações dos bons momentos

Sinto-me, porém, aliviado
Ao ouvir sua voz, sentir seu cheiro
Ainda que em sonho apenas
Mas acordo e me sinto inteiro

Mas passam os dias e me lembro
Que não posso te abraçar
Somos almas gêmeas
Que juntas não podem ficar

Samuel Pereira

Sempre Impossível

Amor impossível...
Amizade Impossível...
Almas gêmeas de acordo com a lenda
Destinadas a viverem separadas
Porém sem deixarem de estar juntas.

Ana Meli

Uma companhia para mim

A partir de hoje, meu blog receberá textos de uma amiga escritora que trará ao Textos sem Poesia mais cor com seus textos. Espero que gostem e recebam-na muito bem. Seu nome é Ana Meli. Uma mulher inteligentíssima que me ensinou muitas coisas. Fico muito feliz e honrado em receber seus textos e postá-los em meu blog. Desde já, agradeço a todos pelo carinho.

Samuel Pereira

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Uma outra visão

Com um lindo anjo sonhei
Sobre meus medos, então, falei
Aconselhou-me com delicadeza
Mostrou-me do mundo a beleza

Pude ver com muita clareza
Que no mundo não só há tristeza
Mas também magia
E, ainda que rara, harmonia

Por que isso eu não via?
Eu estava fora de sintonia
Estava descrente, sem esperança

Sentia muita desconfiança
Mas agora, como uma criança,
Também posso ver Alegria

Samuel Pereira

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Quem sabe?

Talvez o mundo algum dia sinta vergonha
Por tanta maldade, tanta discórdia
Talvez ainda seja possível
Recuperar nossa honra de animal racional

Quem sabe um dia possamos viver em paz
Com recursos para aproveitar
Sem que ninguém o desperdice
E onde todos tenham consciência

Um mundo onde amamos o próximo
Onde possamos nos abraçar sem que alguém critique
Onde o beijo demonstra amor verdadeiro
E o “Eu Te Amo” não signifique “Oi”

Talvez eu nunca veja esse mundo
Quem sabe se um dia existirá
Mas, e se eu amar o próximo
O próximo me amará?

Samuel Pereira

Perdido em seus olhos!

Estou perdido em seus olhos
E assim quero continuar
Sei que não sabes do meu amor
Mas me contento em só te amar

Estou perdido em seus olhos
E, sempre, assim continuarei
Amando sem ser amado
Como um dia desejei

Perdido em seus olhos
Hoje e sempre estarei
Navegando nessa perdição

Perdido em seus olhos
E disso nunca deixarei
Pois só me impus uma condição:
Perder-me em seus olhos
Como nunca imaginei
Perder-me por outro coração

Samuel Pereira

terça-feira, 14 de julho de 2015

Anjo em Brasa II

Ao ver-me em teu colo
Sinto uma tristeza profunda
Ao mesmo tempo, a alegria
Todo o meu coração inunda

O anjo em brasa diz:
-Ama-me, ó servo infiel!
Derrama-me sua fraqueza
E livro-te do mundo cruel

Apesar de ter esperança,
Levanto-me e tomo sua mão
E digo com sincera emoção:

Óh, anjo em brasa, por segurança,
Apague o teu calor
Acabe com a minha dor!

Samuel Pereira

Escárnio

Jamais percebera o homem
O poder que tens em mãos
Veneno potente mal-usado
Torna-se um veneno mortal

Que poder devastador
Que machuca, corrói... Mata?
É o uso indevido da boca
Um escárnio sem limites

Perdoai-me, Senhor!
Sinto vergonha de mim mesmo
Perdoai as nossas ofensas
Como perdoamos nossos ofensores

Samuel Pereira

terça-feira, 7 de julho de 2015

Veneno Apaixonante

Difícil olhar para você
Sem que dispare o coração meu
Gosto-te sem querer
Nem vi como aconteceu

De repente, como em Vinícius,
Não mais que de repente
Você se tornou meu vício
Minha maçã da serpente

Envenenou-me sem piedade
Deixando-me num impasse
Quando encontrei a felicidade
Estava olhando a sua face!

Samuel Pereira

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Anjo em brasas

A mim mesmo não reconheço
Diferença? Não a encontrei
Só sei que não sou o mesmo
Desde que meu anjo eu beijei

Palavras loucas, conturbadas
Sinto um desejo tátil
Ao ver-te em brasas
Conter-me não é fácil

Não consigo; não quero parar
Sinto o prazer que nos invade
Matando-nos, sem dificuldade

A saída não vou encontrar
Amanhã estarei, sem piedade,
Morto! Por um anjo sem crueldade

Samuel Pereira

terça-feira, 30 de junho de 2015

Reflexão no Silêncio

O silêncio me acalma
Inunda-me com sentimentos
E aquece minha alma

Tão dolorido e acolhedor
É o silêncio que toca meus ouvidos
 Com seu escuro ensurdecedor

Em noites tranquilas canto
Num silêncio que arrepia
Surda noite em meu recanto
É barulho que silencia

No silêncio não há tristeza
Caso não a queira ter
Busque sempre com esperteza
Com o silêncio se entender

Do silêncio tire proveito
É o momento adequado
De esquecer os seus defeitos

Reflita sobre o que foi feito
Lembre-se do passado
E que o erro não seja refeito.

Samuel Pereira

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Poeta?

Não que eu não saiba escrever;
Claro que não sou grandioso,
Meus inspiradores podem me entender –
O que escrevo é valioso

Escrevo como mandam as emoções
Com puro sentimento
E segundas intenções.
Escrevo sobre meu renascimento

Escrevo com ingenuidade e malícia
Com maturidade sobre a infância
Escrevo sobre beijos e carícias
Escrevo sobre o hoje com ignorância

Nem sempre tenho inspiração
Nem sempre quem escreve é meu EU
O que vale é a intenção,
Que entendam o coração meu

Sentimentos verdadeiros
Ou simples invenções
Palavras são tiros certeiros
Mas podem errar os corações

Poeta eu não sou
Nem pretendo ser
Sou um homem que o prazer alcançou
Ao seus sentimentos escrever

Samuel Pereira

Difícil Indecisão

É tão difícil entender
O porquê dos sentimentos
Quando está por perto
Sinto que te quero
Mas isso não é certo
Mas é impossível?
Talvez não
Talvez seja apenas
Uma questão de moral
De princípios, de fidelidade.

Agora, estando longe,
Sinto, ainda mais,
Que te quero.
Mas posso refletir
Sobre meus conceitos
Meus princípios,
Já que não está aqui
Para me tirar a atenção.
Penso na vida com você
Então vejo que seria melhor
Se você eu não conhecesse.

Samuel Pereira

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Uma rosa para minha rosa

Uma rosa para uma rosa
Uma flor para a flor do meu jardim
Uma singela demonstração
Do carinho que por ti sinto.

Tem me conquistado cada dia mais
E, assim, me trazido à vida
À vida que ainda não conhecia

Sinto-te em pensamentos
Como o sol sente a grama
Numa manhã molhada;
A beleza do tato telepático

Tendo-te em meus braços,
Mesmo que por relances do dia,
Sinto-me muito feliz

Como uma criança que ganha um doce
Após muito pedir e esperar

A beleza dos nossos encontros
É a imprevisão.
Não sabemos o que vai acontecer
Até que as coisas acontecem

E que doces coisas acontecem
Aventuras, romance, desavenças...
Naturalmente natural.

Como um casal apaixonado,
Brigando por bobagens
Cotidianas futilidades
Que provam nossos sentimentos

Oh! Que descoberta magnífica
Encontrei o amor! O meu amor!
Mas se não for amor, esplendoroso amor –
Sentimento qual não tenho intimidade –

Eis aqui o mais perto que cheguei
Do amor... De amar!

Samuel Pereira

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Mania de ser Humano

        Cada ser humano tem, pelo menos, uma (ou mais) mania esquisita. Umas pouco esquisitas e outras chegam a ser falta de educação. São manias de fala, gestos, comportamentos; uma variedade incrível de manias esquisitas. Por exemplo, uma professora que deu aula para mim tinha a mania de chamar a atenção da turma com a frase:
        -Vamos lá!
        Ela falava de uma forma meio “cantada”. O problema era que a voz dela é muito irritante. Essa sim é uma mania que ofende nossos ouvidos. Tenho um amigo que sua mania é falar ! Ele coloca isso em tudo (Né?). Parece que para perguntar “Tá tudo bem?”, usa n s. É a língua do P, mas no lugar do P é o Né.
        -NÉTÁ NÉtu-NÉdo NÉbem?
        É incrível. Acho que a mãe dele errou no nome. Deveria ser NÉlson.
        Outro amigo tinha mania de ficar apertando o “botãozinho” da caneta durante as provas na escola. Muita gente tem essa mania, mas durante a prova? Falta de bom senso. De tanto a turma xingá-lo, começou a trazer canetas BIC – aquelas de tampinha, sem botão. – Infelizmente, começou a comer essas tampinhas. (Ave Maria) Cada mania.
        Meu padrasto tem uma mania! Mania de comprar pizza de frango com catupiry. Só de frango com catupiry. Uma vez, combinamos de comprar pizza, então chamei alguns amigos para comer. Foi meu padrasto quem foi buscar. Ele chegou com três pizzas. Abri a primeira caixa, frango com catupiry. A segunda, frango com catupiry. Abri a terceira e vi que dessa vez ele mudou – Calabresa e... Frango com catupiry (meio a meio). Ainda bem que ele não trabalha em uma granja. É capaz de levar catupiry na mochila e jogar em cima de um frango e comê-lo (caralho!)
        Quando trabalhava em um supermercado, tinha um amigo açougueiro que sua mania era desossar. Um dia, estávamos no refeitório assistindo TV e ele mudou de canal, chegando àqueles canais que fazem leilões de bois e similares. Ele olhou por alguns segundos, depois soltou a seguinte frase:
        -Ai, meu Deus! Vou mudar de canal porque estou ficando com vontade de desossar esses bois.
        (Santo Pai, hein?)
        Minha mãe tem mania de ficar enrolando uma mecha do cabelo da testa. Quase o tempo todo. Não pode ficar ociosa que já começa.
        Eu – nem me fale – tenho muitas manias. Uma delas, muito comum (eu acho), é a de propor desafios a mim mesmo. Por exemplo, andando na rua, tenho que chegar a determinado ponto antes de passar por mim um carro. Ou tenho que fazer algumas coisas na cozinha antes do microondas apitar.
        Outra mania é ficar jogando objetos para cima. Canetas, chaves, facas, copos de vidro... Sim, eu realmente disse facas (afiadíssimas). Tenho mania de andar com o celular para todo lugar, mesmo sem bateria.
        Tenho mania de me arrumar em cima da hora. Mania de roer as unhas. Só roer, não as como. Mania de dar passos no ritmo das músicas tocando no meu fone. Não consigo ficar parado muito tempo. Principalmente na praça de alimentação dos shoppings. Isso me dá um nervo. Mania de querer sempre ser o centro das atenções – coisa de leonino.
        Às vezes eu não queria ter manias. Mas ser humano sem mania não é ser humano.
        Nem sei se minhas manias são somente minhas. Nasci com algumas, outras adquiri com minha mania de trazer para mim a mania dos outros. Mas sempre vou ter manias.
        Isso nos torna diferentes. Um conjunto de manias é a nossa identidade. Todo mundo lembra de alguém por alguma mania que essa pessoa tem. Isso é o que nos torna únicos.


Samuel Pereira